Criamos o hábito de viver sós! E aqueles que não sabem estar sozinhos, aprendem que é mais fácil, menos complexo, a ausência de entrega integral. E eu, uma eterna apaixonada, apercebo-me que qualquer caminho se traça pelas mãos de quem o desenha... Mas sejamos verdadeiros,  o passeio melhora com a companhia!
Lá estava a chávena de chá, pousada sobre a mesa no pátio, que considero já meu... com aquela vista sobre o rio e as cores que me abraçavam já mornas de Maio, mais ainda frias de resquícios de Inverno. Desde que cheguei foi assim, uma casa cheia de música, noites até de manhã, velocidades de ponta para chegar a casa antes do despertador do quarto ao lado tocar, cabeça cheia de projectos, passaram três meses e olho para trás, em reflexos de fotografias digitalizadas sem encontrar nada palpável! 
Andei às voltas com receio de voltar a este sítio.... "wherever you go, go with all your heart!"

Parti, sem data de regresso, desconhecendo motivo da partida, mas sublinhando a necessidade de largar o que era claramente em vão.

Parti porque não soube dosear toda a mescla de sensações que me trazia o, cada vez maior, conhecimento do meu blog! Mudei de espaço... para algo sem carácter de ser obviamente R.

Mudei de cidade, regressei, encontrei.me, encontrei a minha paz... agitei o meu mundo, receei viver por todos os outros e por todos os olhares de todos os restantes, tantas vezes castradores, tantas vezes limitadores.

Descobri que dependo de mim em tudo que construo e faço - posso estar agir de um modo errado, mas é o modo incorrecto que me tem dado tranquilidade, que me tem trazido paz, que me tem permitido viver e gostar de estar de voltar!

no final regressamos sempre para   onde nos construímos! 
"EVERY EXIT IS AN ENTRANCE SOMEWHERE ELSE"

tu és desse género .

©r

tu és do género que gosta de sair à noite, de beber muito e no dia a seguir ficar por casa a curar a ressaca.
tu és desse género, daquele que vive colado ao telemóvel mas diz que o mundo seria perfeito sem ele.
Tu és desse género que começa os filmes antes de adormecer, só para não adormecer sozinho, mas que a meio já tiraste os óculos e fechaste a tampa do computador.
Tu és desse género, que pensa ter em si a ambição do mundo, mas que no fundo toma todas as decisões com o coração na boca.
Tu és desse género, daquele que não diz sentimentos, que acha que o melhor é não falar sobre, não por ser mais fácil, mas porque não sabes lidar com eles.
Tu és daquele género que ri muito e ri alto, que fala 8 línguas diferentes, que adora ser o centro das atenções tanto como gosta de observar tudo.
Tu és desse género, daquele que nunca foi fácil... daquele que só descobri no último mês antes de te ires embora!
Tu és desse género, daquele que partiu para o Dubai e que quando voltar não sabe o que vai encontrar, mas que não tem medo!
©RQUEL
sabes que o mal de Barcelona  é nunca ver cair o sol no mar?não sabes?
aprendi também que nunca se volta a nenhum lugar onde já se foi feliz! 
Feb 10 -
©raquel
aprender a viver. aprender a sentir o sol na cara. aprender a saborear o gelado. aprender a beber chocolate quente. aprender a correr. aprender a rir. aprender a comer. aprender… simplesmente reaprender a viver sem racionalizar o pensamento. 


não existe um tempo certo para nos reaprendermos existe um percurso…

continuo à espera...


do teu avião...na minha paragem de autocarro.

hoje começou uma aventura e acabou uma história

escrevi.te: tenho orgulho em ti, mas além disso pensei... começas uma nova aventura hoje e acabas uma história!


Nunca terei coragem para te contar estes pedaços que levo na mão fechada. Nunca terei coragem de não te ouvir quando ligares, de não te apoiar, de não dizer que tens de aceitar a cultura árabe apesar de nunca a chegares a compreender... nunca serei capaz de te ver perdido na internet sem te presentear com um olá. Porém sei que isso vai acabar por cair no esquecimento, porém lembro.me como nos conhecemos, de que jeito, e de que modo... somos cidadãos do mundo - não acreditamos pertencer a ninguém - e eu só queria pertencer.te! 

Se no mundo existisse palavra que eu não consigo pronunciar agora, seria inevitávelmente Dubai... 

num desses dias que se parte...

©raquel


Estou cansada que me digam “boa viagem”, cansada de partir sem saber se quero… 
Um dia eu volto, eu um dia quero mesmo voltar a ficar junto de todos aqueles que me constroiem… Enquanto esse dia não chega, odeio partidas, odeio chegadas, odeio comboios, e aviões - que sempre deixam algo ou sempre perdem alguém!